quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Ragnheiður Gröndal - Þjóðlög

Julgo que por motivos meramente comerciais esta jovem cantora islandesa é hoje em dia mais conhecida por Ragga Gröndal. Apesar da sua juventude é já deveras considerada e sobejamente galardoada no seu país natal pela obra já produzida.
É escassa a informação que dela possuo e o que consegui obter diz-me que se formou na FIH - Escola de Música de Reykjavik e que durante dois anos cursou a New School for Jazz and Contemporary Music de Nova Iorque.
Conta já com seis álbuns a título individual, onde se dedica à música tradicional islandesa, para além de discos em parcerias onde aborda a mesma temática e também o jazz.
Þjóðlög, esta palavra esquisita para nós portugueses, traduzida, significa canções populares. É disso que este belíssimo disco trata. Belas e serenas melodias do cancioneiro popular da Islândia, com muito rigor e gosto apurado.
A amostra que vos deixo na Minha Caixinha de Música, é um velho tema já recriado pelo génio enorme da sua conterrânea Björk.
Música dos infindáveis mares gelados, para ouvir junto ao conforto duma lareira.

Þjóðlög

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Boris Kovac & Ladaaba Orchest - The Last Balkan Tango

Revisitei este disco antes de proceder à sua publicação aqui e antecedendo os comentários que abaixo me aprazerá expor. O reencontro não poderia ser melhor.
Boris Kovac é um músico distinto com obra de cariz diverso, projectos vários e de uma qualidade acima de qualquer suspeita.
A sua música é ilustrativa, cinematográfica e sobretudo teatral.
À volta duma base de clarinetes, saxofones e acordeão, circundam percussões ligeiras, contrabaixo, violino e guitarra, numa longa suite evocativa do folk balcânico brotado do pós-guerra e duma época de horrores incontáveis.
Poder-lhe-ia chamar de música popular de câmara, tocada em estúdio, em ambiências retro, como se de um concerto se tratasse. No penúltimo tema a banda é integralmente apresentada com os devidos destaques. Apenas faltam as palmas.
Simon Broughton, editor da Songlines, designou-o como "o rei do cabaret apocalíptico".
Não estamos perante o tradicional festivo da música daquelas paragens. Há um grande amargo de espírito que é invocado na sua frase de despedida - "See you on a better world"...
Aconselho vivamente!