quinta-feira, 24 de maio de 2012

Niño Josele - Paz


Descobri Niño ao ouvir o soberbo álbum Mi Niña Lola de Concha Buika. A par de Javier Limón, um rapaz da mesma idade, ajudou-a a erguer uma obra notável. 
Josele é um guitarrista andaluz da nova vaga de músicos que rondam esse símbolo grandioso da cultura espanhola que é o flamenco. Só quando escolhi este disco para incluir nesta minha página e andei a vasculhar a net à procura de informação sobre ele é que fiquei a saber que já actuou ao lado de gente famosa como Elton John, Lenny Kravitz ou Alicia Keys. Quem diria...
Foi, no entanto, no flamenco que evoluiu e dividiu estúdios e palcos com Paco de Lucia, Duquende, Enrique Morente ou Diego El Cigala.
Este seu álbum de 2006 é uma obra diferente, onde aborda o jazz de forma singular, prestando tributo a um dos seus maiores representantes e a um dos meus preferidos. É aqui feita a recriação de vários temas fulcrais de Bill Evans e a sua transposição para a guitarra. Não seria, à partida, tarefa fácil, dada aquela harmonia peculiar, envolvente e doce do piano do músico ímpar que lhe serviu de inspiração. O que daí resultou decerto agradaria ao ilustre autor.
Tal como o título sugere, este é um momento de grande serenidade e beleza infinita, ideal para quem procura paz ou que bem nela se sente.
Aproveito a ocasião para, através deste tributo, homenagear o músico brilhante que recentemente nos deixou com tanto ainda por fazer.
À memória eterna de Bernardo Sassetti.

Paz

terça-feira, 8 de maio de 2012

Cankisou - Gamagaj

A banda teve origem em 1999 e foi formada por gente ligada ao rock. Não foi, contudo, por essa via que se viriam a destacar. Foi preciso enveredarem por outros caminhos musicais para solidificar um projecto bem engendrado.
Não me peçam para definir o que são, o que tocam e que estilos praticam. Têm mesmo que ouvir e tirar as vossas próprias conclusões, se é que o vão conseguir. Eles intitulam-se como uma banda de fusão étnica.
Há por aqui a base rock, confundida com sonoridades ska, indianas, mongóis, sempre envolvidas por metais caracteristicamente balcânicos e com a saliência da voz poderosa do seu vocalista.
Uma dúzia de anos depois e com cinco discos de originais editados, estão no patamar superior da sua carreira e a entrar nos cartazes de inúmeros festivais de música.
Estes checos endiabrados fazem questão de referir que não usam loops, samples ou quaisquer outros efeitos electrónicos. É tudo energia pura e pela minha parte, neste contexto, não vejo que falta fariam.


Gamagaj