sexta-feira, 18 de abril de 2008

Virgínia Rodrigues - Nós

Percurso bem curioso, o desta baiana oriunda de uma favela de Salvador, filha de gente bem humilde. Demorou alguns anos a passar de manicure a cantora, mas o seu desiderato cumpriu-se. Voz singular, entre o clássico e o popular, deu os seus primeiros passos em coros de igrejas. Participou também em teatro musicado e foi aí que Caetano Veloso a veio a encontrar. Já com 30 anos de idade, educa a sua voz numa oficina de canto, num curso livre. Nela incorporam a candomblé, a cultura baiana, a canção de rua, o batuque, Shubert e Verdi. É esse vaguear que esta meio-soprano percorre, que lhe empresta uma luz difusa e resplandecente, não reconhecida noutras vozes do panorama vocal brasileiro. Destaque maior para as contribuições de Caetano e de Celso Fonseca, músico brilhante de quem aqui falarei com outra minúcia em ocasião propícia.

Nós

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