terça-feira, 31 de agosto de 2010

Tinariwen - Amassakoul

Cá volto a esta banda assaz peculiar, dada a insólitas e sucessivas combinações de membros, justificadas pelo seu estilo nómada e vagueante do Sahara. O colectivo adapta-se às circunstâncias, tem alguns elementos mais constantes e tal como nos blues, partem do tema para o improviso, fazendo dele e das fusões afro-americanas os seus maiores suportes. Digamos que actuam os que estão mais à mão...
Foi este disco que lhes abriu definitivamente a porta do mercado europeu e lhes granjeou o apreço de notáveis e do público dos festivais de World Music. Também fulcral terá sido a aproximação que tiveram aos Lo'Jo que lhes proporcionou uma outra visibilidade, até aí muito discreta.
Ainda este ano voltaram a Portugal e estiveram no Festival de Sines. Depois deles, outras bandas com características semelhantes apareceram no panorama da especialidade, mas foram os Tinariwen que abriram caminho.

Amassakoul

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Rodrigo Y Gabriela - Rodrigo Y Gabriela

Na minha primeira abordagem a este belo par de músicos, acabei dizendo que muito gostaria de os ver ao vivo. Estive a um passo de isso acontecer. Rodrigo e Gabriela foram oficiosamente anunciados para actuar em Aveiro durante o ano de 2008, mas as comedidas, mesquinhas e retrógadas políticas culturais da actual Câmara Municipal impediram que a cidade se ufanasse da exclusividade e o país musical enriquecesse o seu programa de concertos. Ficámos desapontados e cientes de que melhoras...só num futuro!
Este duo está vocacionado para os concertos. De quatro discos já editados, metade são registados ao vivo. Como vêem, o desgosto é ainda mais profundo.
Vamo-nos contentando com a sua audição e esperar que nova ocasião surja no nosso horizonte.

R y G

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Concha Buika - Mi Niña Lola


Em 2008 classifiquei este disco como o meu preferido de 2007. Agora, e à distância de mais dois anos, continuo a manter a mesma opinião, solidificada com o tempo e com repetidas escutas. De lá para cá pude desfrutar das suas mais recentes edições e tenho para mim que esta é a sua melhor obra até à data. Isto não significa que as outras são menores ou omissas de grande qualidade. Julgo que a novidade na época, aliada ao enorme "estrago" emocional que em mim provocou, são a razão mestra desta minha preferência. Ainda hoje a pele se me contrai e os pêlos se me eriçam quando oiço Mi Niña Lola!
Por esta altura era ela uma quase genial desconhecida que veio depressa a ganhar alguma popularidade e vasta notoriedade. Continua a ser pura emoção e a audição das suas obras é obrigatória.

Mi Niña Lola