domingo, 15 de junho de 2008

Kimmo Pohjonen - Kluster

Se no caso de Cibelle já tinha uma pequena referência que me permitia conjecturar sobre os seus préstimos, de Kimmo apenas sabia que vinha da Finlândia, tocava acordeão e que os seus espectáculos eram de imprevisível duração, chegando a prolongar-se por quatro e cinco horas!
O primeiro contacto foi só...fabuloso e inesquecível!
Homem, acordeão e microfone, fundidos numa mola sonora que vai esticando e contraindo, do estampido ao sussurro. Ao lado, outro homem, Samuli Kosminen, percussionista electrónico, manipulador de todo o som que Kimmo lhe vai doando. Depois é o cenário e a coreografia luminosa de cores de fornalha, e mais aquele vulto que se levanta e senta, se dobra, cai sobre os joelhos, se deita, rebola, rasteja e permanece, rosto para além do cimo, da teia, do telhado, das nuvens pesadas que fecham o céu de Outono, abraçado ao fole teclado de botões, nunca lhe dando tréguas.
O espectáculo não durou mais de hora e meia, contrariando os mais optimistas. No dia seguinte soube que magoara um pé e que teria acabado o concerto em grande sofrimento. Quem diria!
Nem sei definir a sua música com exactidão. Pensem em folk escandinavo, rock do duro, improvisação, avant-garde, e muita, muita experimentação. Depois, é só deitar no shaker...

Kluster

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