terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Mônica Salmaso - Iaiá

Foi com Mônica Salmaso que aqui me iniciei nos comentários discográficos, tendo eleito este seu trabalho como um dos melhores que ouvi em 2007. Mônica é intérprete por excelência e exclusividade, dando um cunho particular e incisivo aos temas que escolhe para cantar. Tem feito a sensata e inteligente opção de se aliar a músicos e compositores de nível superior. Só para exemplificar posso acrescentar aqui os nomes de Edu Lobo, Guinga, Baden Powell, Vinicius de Moraes, Tom Jobim, Arnaldo Antunes, Naná Vasconcelos, Toninho Ferragutti ou Chico Buarque, mas muitos mais haveria.
Este foi um daqueles discos que entrou em mim duma assentada, tirando o fôlego, criando vontade de repetir e guardado sempre à mão. Aos temas de domínio público, juntou composições de Jobim, Jair do Cavaquinho, Buarque, Joyce, Caymmi, Tom Zé e outros, num harmonioso painel de música popular. Mônica, como sempre, faz-se acompanhar de um lote excepcional de instrumentistas que provocam, em ligação à sua voz única, uma fascinante viagem sónica pelo Brasil popular. Arranjos, harmonias, voz de afinação, colocação irrepreensíveis e timbre distinto, são razão directa para proporcionar uma obra destacada e bela.
A sua participação activa na Orquestra Jazz Sinfónica de São Paulo e na Orquestra Popular de Câmara, são mais duas grandes causas que abraçou em prol da música da sua terra. Devidamente reconhecida? Se calhar, não!

Iaiá

1 comentário:

fj disse...

iaiá, e vários outros dela, são álbuns absolutamente maravilhosos. devidamente reconhecida? não é certamente.
fi-la notar aqui, e à orquestra popular de câmara, aqui.
gostei deste espaço, por isso voltarei.