quarta-feira, 20 de abril de 2011

María do Ceo - Dúas Almas do Miño

Nasceu portuguesa, na cidade do Porto, mas foi mais a norte, do outro lado da fronteira de outrora que María se entregou à paixão pelo fado. Começou por cantar alguns fados considerados standards como "Júlia Florista", "Rua do Capelão" ou "Ai Mouraria", e até 2004 sempre fez questão de cantar e incluir nos seus discos, fados ou cantigas bem portuguesas.
A partir de 2002 a fadista vai deixando entrar, paulatinamente, as suas influências naturalmente galegas, vai moldando a carreira e apurando o canto. A par dos fados vão surgindo boleros, cantigas populares luso-galegas, tangos, pedaços de cancioneiros hispânicos e desperta a atenção de públicos e observadores.
María do Ceo é uma admiradora profunda de Amália, cantou muitos dos seus fados e foi convidada a participar, em 2001, num espectáculo-tributo à grande diva que ocorreu no Coliseu de Lisboa.
Será um pouco estranho escutar fado cantado numa língua que não a portuguesa, mas passado o primeiro impacto damos conta que harmoniosamente tudo se funde sem atritos.
Entre o Minho e o Miño apenas existem um ñ em vez do dígrafo e um rio que não divide, antes faz a junção de dois povos.

dúas almas do miño

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