segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Vinicio Capossela - Ovunque Proteggi

O universo de Vinicio Capossela é tão vasto que não se confina à sua música. Expande-se pela literatura, pelo teatro, pelo cinema, pela rádio e televisão, evidenciando a sua avidez pela criação de formas diferentes de expressão. Não é fácil classificar o seu trabalho, pela multiplicidade de influências e pela prodigiosa mistura de fontes musicais.
É um devoto de Tom Waits e não foi por acaso que convidou o guitarrista Marc Ribot para com ele trabalhar.
A panóplia de instrumentos que usa e faz usar, poderá dar uma ideia daquilo que se apresenta diante de nós. Ou pode ainda provocar maior embaraço. Para citar apenas alguns: harmónio indiano, marimba, chocalhos de Tonara, órgão de garrafas (tem mais deste género), teremim (um dos primeiros instrumentos electrónicos), balafon, shofar (arcaico instrumento de sopro judeu), banjo, dobro, sousafone (um gigante idealizado pelo luso-americano John Philip Sousa, o homem das marchas), har hu (violino), sheng (órgão de boca), xun (flauta cerâmica), os três últimos de origem chinesa, vários teclados electrónicos e muitos, muitos outros menos exóticos, divididos por cordas, sopros e percussões.
Foi então, mais ou menos, isto que perdi, quando Vinicio passou pelo Teatro Aveirense e quando esta sala ainda era um viveiro de boa música...

Ovunque Proteggi

Sem comentários: