quinta-feira, 10 de março de 2011

Orchestra Baobab - Spécialist In All Styles

Falar em World Music e não citar a Orchestra Baobab como um dos exemplos dos cruzamentos culturais e musicais mais relevantes, é uma lacuna imperdoável.
Banda senegalesa, fundada em 1970, é mais uma daquelas instituições que devem ser consideradas património de toda a humanidade.
Estiveram inactivos durante quinze anos e voltaram, com outra pujança, em 2001 para uma nova e exuberante vida.
Nesta amálgama de sons e culturas vislumbram-se ritmos cubanos, boleros, rumbas congolesas e outros sinais africanos. Isso deve-se, notoriamente, aos músicos que ao longo dos anos integraram a banda e que foram chegando do Togo, do Mali, de Marrocos ou da Guiné-Bissau. Ninguém se espante se ouvir umas palavras portuguesas pelo meio.
O disco tem produção doutro senegalês de excelência, Youssou N'Dour e a participação do grande e saudoso Ibrahim Ferrer.
Há muitas bandas decadentes, nomeadamente na área pop/rock, que teimam em ressurgir para saturar os nossos ouvidos, mas a Baobab voltou para nos deliciar com a magia dos sons que a sua mesclada cultura transporta.
Estiveram, imaginem, pela primeira vez em Portugal, nesta minha cidade que é Aveiro e para apresentar este mesmíssimo disco. Por essa altura, inícios de 2003, andava ainda um bocado distraído destes eventos e perdi, ao que me contam, um concerto imperdível.

Baobab

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